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O termo “borderline” aparece na literatura psiquiátrica desde 1884 fazendo referência a pacientes cujo quadro clínico encontra-se na fronteira entre a neurose e a psicose.


Ao longo de mais de um século muitos conceitos já foram modificados e/ou aprimorados, mas a característica “fronteiriça” da personalidade borderline continua sendo utilizada para o diagnóstico e tratamento de patologias psicosocias tendo em vista a vulnerabilidade que tais pacientes apresentam em relação a drogadição, alcoolismo e violência.



De todos os sintomas, o mais comum é a sensação de vazio, seguido pelo grande temor quanto ao abandono (real ou imaginário), a oscilação entre supervalorizar ou desvalorizar pessoas e acontecimentos e , em especial, à enorme dificuldade de experimentar prazer.


Pacientes Borderline relatam que entre o que imaginam que seja um sentimento até o que sentem de fato, há um descompasso total. É como se tentassem sentir a vida através daquilo que imaginam que os outros sentem!


Buscam sempre por experiências que ofereçam êxtase, como se a felicidade estivesse no extremo de um prazer idealizado. Via de regra demonstram insatisfação, queixam-se de vazios, medo de perdas e abandonos primitivos e infantis e sempre mencionam o suicídio.


A prevalência de personalidade borderline está entre as mulheres e estima-se que alcance 2% da população em geral e 10% dos pacientes atendidos em consultórios psiquiátricos. Os riscos de suicídio diminuem após os 30/40 anos, diante do estabelecimento de maior estabilidade emocional, profissional e financeira.


Critérios Diagnósticos para F60.31 - 301.83 Transtorno da Personalidade Borderline


Um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios:


(1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado. Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5

(2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização

(3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento de self

(4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente).

Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5

(5) recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante

(6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias)

(7) sentimentos crônicos de vazio

(8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes)

(9) ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos


Para referir:

Ballone GJ, Moura EC - Personalidade Borderline- in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://virtualpsy.locaweb.com.br/www.psiqweb.med.br/, revisto em 2008.

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